A prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, na Bolívia, apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e sucessor de Marcola, representa um marco no combate ao crime organizado transnacional. Foragido desde 2021, Tuta era considerado um alvo prioritário pela Polícia Federal, e figurava na Lista Vermelha da Interpol.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a prisão como “uma vitória para o Brasil”, enquanto o secretário de Segurança Pública de SP a viu como um “golpe estratégico contra o crime organizado”. Integrantes da PF acreditam que a prisão causou um “baque” no tráfico internacional e lavagem de dinheiro do grupo.

Em entrevista a CNN o jornalista Valmir Salaro, especialista em crime organizado, expressou uma visão diferente. Segundo ele, a prisão “não deve causar impactos significativos”, pois Tuta “é uma peça que vai ser substituída imediatamente”.

Salaro argumenta que a estrutura da facção para o tráfico e lavagem de dinheiro já prevê um substituto e permanecerá intacta. Ele também menciona que outros líderes do PCC, como André do Rap, ainda estariam na Bolívia, o que reforça a complexidade e resiliência da organização.

Tuta foi expulso da Bolívia e transferido para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), mesma unidade de Marcola, embora autoridades afirmem que não há possibilidade de comunicação entre eles.

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