As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da semana já provocaram três mortes, deixaram mais de 6.000 pessoas fora de casa e causaram prejuízos em 98 municípios, segundo boletim atualizado da Defesa Civil nesta sexta-feira (20). A terceira vítima confirmada é Mauro Perfeito da Silva, de 72 anos, que morreu na quinta-feira (19) após uma árvore cair sobre o carro em que ele dirigia na avenida Rubem Berta, entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A filha dele, de 37 anos, que estava no banco do passageiro, teve ferimentos leves.
As outras duas mortes foram registradas em Candelária e Caxias do Sul. Na primeira cidade, Geneci da Rosa, de 54 anos, morreu após o carro em que estava ser arrastado pela correnteza. O marido dela, de 65 anos, segue desaparecido. Em Caxias do Sul, Mario César Trielweiler Gonçalves, de 21 anos, morreu quando a cabeceira de uma ponte cedeu e o carro foi levado por um arroio entre Caxias e Nova Petrópolis.
As chuvas já afetaram diretamente 6.016 pessoas, sendo 4.011 desalojadas (abrigadas em casas de parentes ou amigos) e 2.005 em abrigos públicos. Ao menos 552 pessoas foram resgatadas pelas equipes de emergência. Até esta sexta-feira, 48 trechos de estradas estavam total ou parcialmente bloqueados. Somente nas rodovias estaduais, havia 32 bloqueios totais até a quinta-feira (19). Cinco rios ultrapassaram a cota de inundação:
- Rio Taquari, em Lajeado – 22,23 m (cota: 19 m)
- Rio Caí, em São Sebastião do Caí – 12,64 m (cota: 10,5 m)
- Rio Ibirapuitã, em Alegrete – 11,81 m (cota: 9,7 m)
- Rio Ibicuí, em Manoel Viana – 11,15 m (cota: 9,6 m)
- Rio Jacuí, em Dona Francisca – 8,19 m (cota: 7,5 m)
Já o Guaíba, em Porto Alegre, estava com 2,24 metros na manhã desta sexta, se aproximando da cota de alerta (2,30 m). O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), informou que três abrigos foram abertos preventivamente e que todas as casas de bombas estão em operação.