Gestões de São Paulo e Goiás anunciaram linhas de crédito; estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo planejam ações para lidar com a crise
Governadores de ao menos quatro estados se anteciparam à gestão federal e adotaram ações voltadas a socorrer empresas exportadoras que serão impactadas caso as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrem em vigor no dia 1º de agosto.
O primeiro deles foi Ronaldo Caiado (União), de Goiás, cujo pacote apresentou linha de crédito com juros inferiores aos de mercado. A taxa de financiamento será inferior a 10% ao ano, segundo o Palácio das Esmeraldas, e terá como contrapartida a manutenção dos empregos pelas empresas que acessarem os empréstimos.
A linha passa a valer em agosto e viabilizará o juro mais baixo a partir de um fundo garantidor com créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um tributo estadual. Os créditos devem totalizar ao menos R$ 628 milhões, segundo o governo goiano.
Na sequência, foi a vez de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, lançar uma linha de crédito de R$ 200 milhões para exportadores paulistas.
Segundo o Palácio dos Bandeirantes, a nova linha oferece as seguintes condições:
- taxas a partir de 0,27% ao mês + IPCA;
- prazo de até 60 meses para pagamento;
- carência de até 12 meses (inclusa no prazo total); e
- limite de financiamento: até R$ 20 milhões por cliente.
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á o governador Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, ainda não anunciou um programa, mas criou um grupo de trabalho para estudar medidas. A primeira reunião do comitê aconteceu na terça-feira (22) e a ideia, segundo o Palácio Guanabara, é formular ações que “atenuem o tarifaço”.
Os três governadores fazem oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); mas um aliado do presidente, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, também anunciou ações