Presidente americano afirmou que países iniciariam negociações de cessar-fogo imediatamente após a ligação para o líder russo

Ucrânia e Rússia se acusaram mutuamente de lançar drones de ataque durante a noite, horas após o presidente russo, Vladimir Putin, ter conversado por telefone com o presidente americano, Donald Trump, e, mais uma vez, ter recusado um cessar-fogo imediato.

Moscou lançou 108 drones Shahed e “vários tipos de drones chamarizes”, informou a Força Aérea da Ucrânia em seu canal do Telegram nesta terça-feira (20), acrescentando que as defesas aéreas destruíram 93 deles no leste, centro e norte do país.

Os ataques ocorreram depois de Trump e Putin terem conversado por quase duas horas na segunda-feira (19) — Trump do Salão Oval e Putin telefonando de uma visita a uma escola de música na cidade de Sochi.

Após a ligação, o líder americano afirmou que Kiev e Moscou iniciariam as negociações de cessar-fogo “imediatamente”.

Mas Putin declarou que o Kremlin estava pronto para trabalhar com a Ucrânia em um “possível cessar-fogo por um determinado período de tempo, desde que os acordos correspondentes fossem alcançados”.

Nem Putin, nem Trump discutiram um prazo para uma possível trégua, disse o assessor presidencial do Kremlin, Yury Ushakov.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira que Moscou está tentando atrasar as negociações para dar continuidade ao conflito.

“É óbvio que a Rússia está tentando ganhar tempo para continuar sua guerra e ocupação”, escreveu Zelensky nas redes sociais após uma conversa com o presidente finlandês, Alexander Stubb, sobre a ligação de Trump com Putin.

Putin já havia ignorado uma proposta de Washington e Kiev para um cessar-fogo de 30 dias e, na semana passada, rejeitou o convite de Zelensky para um encontro presencial em Istambul.

Com o impasse nas negociações com a Turquia, o presidente americano afirmou que não acreditava que haveria um avanço significativo nas negociações de paz até que falasse diretamente com Putin.

“Infelizmente, após o telefonema entre Trump e Putin, o status não mudou”, disse Mykhailo Podolyak, assessor de Zelensky.

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